Jonh Bradshaw em seu livro intitulado Cão Senso propõe esta pergunta aos leitores, e responde apresentando uma pesquisa feita com oito vira-latas.
Estes cães, que tinham entre 7 e 9 anos, haviam passado sua vida intera com outro cão, além de claro, contato com o tratador. Para analisar as consequências de uma separação com seu colega, um deles foi retirado de seu ambiente. No entanto, quando um indivíduo de cada par foi retirado da vista do outro por quatro horas, a conduta do cão que permaneceu não mudou de forma apreciável (pg 198), ele nem sequer latiu. O nível de cortisol (hormônio de estresse) não variou significadamente. Porem os cães que foram afastados ficaram visivelmente agitados, e o nível de estresse subiu 50%.
Em outro momento os dois foram retirados de seu canil, e levados para um local desconhecido. Quando estavam juntos, não interagiram um com o outro com mais frequência do que o usual; qualquer que fosse a ligação entre eles, não era bastante reconfortante ou criadora de confiança para ajudá-los a lidar com o fato de estarem em um lugar novo (199 pg), pois novamente ocorreu o aumento do nível de estresse.
No entanto, em outro momento, quando o cuidador dos cães foi junto com eles para o local desconhecido, os cães solicitaram atenção dele, e ao receberem um breve carinho, ficaram tão aliviados, que o nível de cortisol quase não sofreu alteração.
Esses cães, apesar de terem mantido a companhia um do outro por toda a vida, comportaram-se como se fossem muito mais ligados ao seu cuidador do que ao irmão ou irmã (pg 199).
O que podemos concluir deste estudo, é que os cães dão muito valor ao seu território, e podem se sentir perturbados quando se afastam dele, e que mesmo ficando sozinhos em suas casas, eles podem ficar confortáveis, pois sentem se seguros. E que somos nós, seres humanos, a principal fonte de conforto para nossos cãezinhos. Não é a toa que eles dão muito mais valor a brincadeira quando participamos, do que quando é apenas com seu irmãozinho.
Já que a necessidade de ligação com uma figura humana parece ser invulgarmente poderosa nos cães domésticos, os que são abandonados por seus donos e acabam em centros de realocação devem sentir isso de forma muito aguda. (pg 200)
Pesquisas apontam que se uma pessoa dá carinho a um animal sem dono, por alguns minutos, por dois dias seguidos, é o suficiente para que este cão fique desesperado para ir embora com ela. Mas nós vemos diariamente, que eles podem se entregar por muito menos.
Por isso nunca abandone seu cãozinho.
E também não acredite que ao dar um novo amiCão ao seu Pet, ele não sentirá falta da sua presença. Mais que tudo no mundo, ele quer você.